sábado, 13 de março de 2010

Ladrões de Bicicletas































Ladrões de Bicicletas(Ladri di biciclette) se passa numa Itália enfraquecida pela segunda guerra mundial. O personagem principal, Ricci(Lamberto Maggiorani), é um dos muitos homens de família desempregados no pós-guerra. O filme começa quando Ricci recebe a proposta de trabalhar como colador de cartazes pelas ruas de Roma, mas para isso ele precisa recuperar a bicicleta que havia penhorado. Decidido a melhorar de vida, Ricci e sua mulher(Lianella Carell) vendem alguns lençois e compram de volta a bicicleta.
No primeira dia de trabalho percebemos a alegria de Ricci em saber que com aquele salário seu filho(Enzo Staiola) e sua mulher terão o que comer. Algumas horas depois de começar a trabalhar, Ricci tem a bicicleta roubada por um esquema de uma gangue de ladrões. Ele vê o ladrão e corre atrás dele até não conseguir mais alcançá-lo.
E é aí que o filme muda. A bicicleta se torna um símbolo de esperança. Se Ricci não conseguir achá-la, ele volta para a situação inicial, mas agora sem lençois. Então a saga inicia. Ricci e seu filho saem pelas ruas de Roma procurando qualquer pista, mas sofrem com a impiedade humana numa sociedade desequilibrada socialmente devido aos estragos da guerra.
Encurralado de todos os lados e desesperançoso, Ricci se vê no fundo do poço e na cena final sucumbe e deixa de lado seus valores apenas para poder conseguir o trabalho de volta.
Nos últimos 10 minutos de filme é impossível não se emocionar.
Dirigido por Vittorio de Sica, Ladrões de Bicicletas faz parte do neo-realismo italiano, e é exatamente isso que vemos: realidade. Os atores do filme são amadores, mas foram tão bem dirigidos que se tornam extremamente convincentes. O garoto, Enzo, merece aplausos pela atuação cativante. Uma ótima fotografia que acompanha os acontecimentos com o personagem, ficando mais escura a medida que o sofrimento aumenta. Uma obra sentimental, realista e reflexiva.
Nota 9,0

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